O Papa Francisco afirmou, em um filme que entra em cartaz nesta quarta-feira (21) na Itália, que os homossexuais precisam ser protegidos por leis de união civil. Essa, aliás, foi a forma mais clara que Francisco já usou para falar de direitos dos LGBTIs. “As pessoas homossexuais têm direito de estar em uma família. Elas são filhas de Deus e têm direito a uma família. Ninguém deverá ser descartado ou ser infeliz por isso”, diz ele no documentário “Francesco”. “O que precisamos criar é uma lei de união civil. Dessa forma eles são legalmente contemplados. Eu defendi isso”, afirmou o pontífice.
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No documentário, o Papa discorre sobre sobre temas com os quais se importa, como o ambiente, pobreza, migração, desigualdade racial e de renda e pessoas mais afetadas por discriminação. Aliás, o Papa Francisco já demonstrou ter interesse em dialogar com católicos LGBTIs, mas geralmente suas mensagens são a respeito de acolher esses fiéis.
O filme foi exibido no Festival de Roma e, no domingo (25), deverá passar nos EUA pela primeira vez durante o Savannah Film Festival. O diretor Evgeny Afineevsky acabou as gravações em junho de 2020. O documentário fala de temas como a pandemia, racismo e abuso sexual. Além disso, há temas geopolíticos também, como a guerra na Síria e na Ucrânia.
Segundo o jornal argentino La Nación, o filme mostra um italiano gay que vive em Roma. Ele tem três filhos, e relata que uma vez escreveu ao papa e pediu para enviar suas crianças à paróquia, mas que tinha receio de que as crianças fossem discriminadas. O homem, aliás, afirma que o Papa Francisco o incentivou a mandar os filhos à Igreja, mas nunca disse qual era a opinião dele sobre a família formada por pais gays. Além disso, o italiano afirma que, apesar de a doutrina não ter se alterado, a maneira de lidar com o tema mudou radicalmente.
Confira, a seguir, o trailer do documentário “Francesco”:
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